terça-feira, 18 de outubro de 2011

As manifestações culturais de resistência aos governos autoritários nas décadas de 1960 e 1970



                                   

Os anos de romantismo revolucionário no Brasil.

Talvez não tenha havido um momento da história recente mais marcado pela convergência entre política, cultura, vida pública e privada que os anos 1960 - não só na sociedade brasileira, sobretudo entre a intelectualidade mundial. Para pensar essa convergência, tenho usado a meu modo o conceito de romantismo revolucionário, formulado por Michael Löwy e Robert Sayre (1995).

Eram anos de guerra fria entre os aliados dos Estados Unidos e da União Soviética, mas surgiam esperanças de alternativas libertadoras no Terceiro Mundo, inclusive no Brasil, que vivia um processo acelerado de urbanização e modernização da sociedade. Naquele contexto, certos partidos e movimentos de esquerda, seus intelectuais e artistas valorizavam a ação para mudar a História, para construir o homem novo, nos termos de Marx e Che Guevara. Mas o modelo para esse homem novo estava no passado, na idealização de um autêntico homem do povo, com raízes rurais, do interior, do "coração do Brasil", supostamente não contaminado pela modernidade urbana capitalista, o que permitiria uma alternativa de modernização que não implicasse a desumanização, o consumismo, o império do fetichismo da mercadoria e do dinheiro. São exemplos no âmbito das artes: o indígena exaltado no romance Quarup, de Antonio Callado (1967); a comunidade negra celebrada no filme Ganga Zumba, de Carlos Diegues (1963), e na peça Arena conta Zumbi, de Boal e Guarnieri (1965); os camponeses no filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha (1963), etc. Em suma, buscava-se no passado uma cultura popular autêntica para construir uma nova nação, ao mesmo tempo moderna e dasalienada, no limite, socialista.
Eram versões de esquerda para as representações da mistura do branco, do negro e do índio na constituição da brasilidade, não mais no sentido de justificar a ordem social existente, mas de questioná-la. É a isso, em linhas gerais, que se pode chamar de romantismo revolucionário brasileiro do período, sem nenhuma conotação pejorativa. Recolocava-se o problema da identidade nacional e política do povo brasileiro, buscava-se a um tempo suas raízes e a ruptura com o subdesenvolvimento, numa espécie de desvio à esquerda do que se convencionou chamar de era Vargas, caracterizada pela aposta no desenvolvimento nacional, com base na intervenção do Estado.

Essa versão brasileira não se dissociava de traços do romantismo revolucionário da época em escala internacional: a liberação sexual, o desejo de renovação, a fusão entre vida pública e privada, a ânsia de viver o momento, a fruição da vida boêmia, a aposta na ação em detrimento da teoria, os padrões irregulares de trabalho e a relativa pobreza, típicas da juventude de esquerda na época, são características que marcaram os movimentos sociais nos anos 1960 em todo o mundo, fazendo lembrar a velha tradição romântica. 
Percebe-se que a teledramaturgia brasileira, aos poucos se modificava. Essa proposta de renovação foi bem sucedida, apesar das dificuldades impostas pela censura do governo autoritário. Apesar dessas dificuldades, Dias Gomes, conhecido pela sua atuação no Partido
Comunista Brasileiro (PCB), afirmou em 1980 para o jornal Folha de São Paulo, que a
telenovela transformou-se no principal da televisão nacional, podendo ser considerado a “única
invenção da televisão brasileira”. Os autores constatam que a “cultura do medo” é, paradoxalmente, um fenômeno que não foi sistematicamente estudado pelos países do Cone Sul, já que este é um dos principais legados das ditaduras instauradas nas décadas de 1960 e 1970, período onde a América do Sul assistiu a uma onda de golpes militares. Apesar de ser uma região tradicionalmente dominada por governos autoritários, a presença de governos militares era um fato novo na política do continente. O surgimento e a difusão destes movimentos faziam parte de um mesmo fenômeno e tinham uma mesma raiz, apesar das peculiaridades regionais. Vale lembrar que no ano de 1969 ocorreu um movimento que marcou para sempre o movimento revolucionário mundial. 
                                   

Então, em 1969, quatro jovens idealizam um festival de música sem ter noção de que o mesmo se tornaria o maior evento mundial do rock. Eram eles: John Roberts, Joel Rosenman, Michael Lang e Artie Kornfeld.

O acontecimento seria realizado em uma área campestre, a 129 quilômetros de Nova Iorque, na região de Bethel, com o objetivo de reunir cerca de cem mil pessoas, que ao final somavam mais de 450 mil participantes, em apenas três dias, tendo todas as expectativas superadas.

Woodstock, realizado nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 1969, ficou conhecido como o maior dos festivais, tendo como lema "Três Dias de Paz, Amor e Rock and Roll".

Através do mesmo, reuniu-se consagrados nomes do rock and roll, como Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Joe Cocker, Jefferson Airplane, Santana, Bob Dylan dentre outros nomes do rock, que também se consagraram como músicos ao se apresentarem no evento.
Com o festival da contra cultura, contra a ingenuidade e a utopia, marcou-se a liberdade dos jovens, numa apologia à diversão e ao estilo musical que extrapola as regras e os limites impostos pelos mais conservadores da época.
O APHARTEID
Na esfera internacional existiu o Apharteid. O termo apartheid se refere a uma política racial implantada na África do Sul. De acordo com esse regime, a minoria branca, os únicos com direito de voto, detinham todo poder político e econômico no país, enquanto à imensa maioria negra restava a obrigação de obedecer rigorosamente a legislação separatista. 

A política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder. O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas, além de não poderem adquirir terras na maior parte do país, obrigando os negros a viverem em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Casamentos e relações sexuais entre pessoas de diferentes etnias também eram proibidos. 

A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O Massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal, seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.
Com o fim do império português na África (1975) e a queda do governo de minoria branca na Rodésia, atual Zimbábue (1980), o domínio branco na África do Sul entrou em crise. Esses fatos intensificaram as manifestações populares contra o apartheid. A Organização das Nações Unidas (ONU) tentou dar fim à política praticada no país. O presidente Piter Botha promoveu reformas, mas manteve os principais aspectos do regime racista. 

Com a posse de Frederick de Klerk na presidência, em 1989, ocorreram várias mudanças. Em 1990, Mandela foi libertado, e o CNA recuperou a legalidade. Klerk revogou as leis raciais e iniciou o diálogo com o CNA. Sua política foi legitimada por um plebiscito só para brancos, 1992, no qual 69% dos eleitores (brancos) votaram pelo fim do apartheid. 

Klerk e Mandela ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Em abril de 1994, Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul nas primeiras eleições multirraciais do país. 

O Parlamento aprovou a Lei de Direitos Sobre a Terra, restituindo propriedades às famílias negras atingidas pela lei de 1913, que destinou 87% do território à minoria branca. 

As eleições parlamentares de 1999 foram vencidas pelo candidato indicado por Nelson Mandela, Thabo Mbeki, descartando
 qualquer tentativa de retorno a uma política 
segregacionista no país.
v


o mudo vai a cabar mais o brasil a caba primeiro





a com tecimentos do mundo refletem no brasil 




mais o mudo nao é feito só de tristesas

BEST Flash Mobs of ALL TIME 






 

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